“A ordem é não passar fome”. Não por acaso, o baiano Reinaldo Santos coordenou uma oficina com esse título, esta semana, durante o Fórum Social Temático, em Porto Alegre. Ex-morador de rua, ele sabe o que é viver em situação de extrema pobreza e agora luta para superá-la. Hoje, sobrevive com os R$ 70 do Programa Bolsa Família e com o dinheiro que consegue trabalhando no jornal Boca de Rua – iniciativa da organização não governamental Agência Livre para Informação, Cidadania e Educação (Alice).
Reinaldo mora na capital gaúcha há 13 anos. Depois de enfrentar uma série de dificuldades, conseguiu ser incluído entre os beneficiários do Bolsa Família. Ele complementa a renda com o Boca de Rua, produzido por moradores de rua. Eles são repórteres, redatores, pauteiros e editores da publicação. Além disso, vendem o jornal para ter como se sustentar.
Reinaldo mora na capital gaúcha há 13 anos. Depois de enfrentar uma série de dificuldades, conseguiu ser incluído entre os beneficiários do Bolsa Família. Ele complementa a renda com o Boca de Rua, produzido por moradores de rua. Eles são repórteres, redatores, pauteiros e editores da publicação. Além disso, vendem o jornal para ter como se sustentar.
Estudante de direito, Reinado foi selecionado no ProUni em abril do ano passado. Recentemente, ele foi aprovado em um concurso público para o oficial administrativo da prefeitura de Charqueadas, município próximo à capital gaúcha, e agora espera ser chamado para assumir o cargo.
Atualmente, Reinaldo coordena o Fórum de Políticas Públicas para Pessoas em Situação de Rua – entidade parceira do Movimento Nacional da População de Rua. Por intermédio do orçamento participativo do município de Porto Alegre, o movimento de rua tem conquistado alguns direitos, como o acolhimento em casas de convivência e refeições em restaurante popular.
Ao coordenar a oficina no Fórum Social Temático, na quinta-feira (26), ele disse que o movimento de moradores de rua de Porto Alegre quer garantia à segurança alimentar e nutricional. Reinaldo explicou também que o título do tema do debate – “A ordem é não passar fome” – era uma homenagem ao sociólogo Herbert de Sousa, o Betinho, um dos principais ativistas da luta brasileira contra a fome, e à presidenta Dilma Rousseff, que lançou o Plano Brasil Sem Miséria.
Durante a oficina, a presidente do Conselho Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional e Sustentável de Porto Alegre, Eliete Regina Fraga da Rosa, informou que a meta da prefeitura é criar 5 mil hortas comunitárias. Até o momento a capital gaúcha tem 200.
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Fonte: http://www.mds.gov.br/saladeimprensa/noticias/2012/janeiro/ex-morador-de-rua-consegue-bolsa-do-prouni-e-hoje-cursa-direito
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