quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Honduras se interessa por plano brasileiro de superação da extrema pobreza

O governo de Honduras tem interesse em levar a experiência brasileira de combate à extrema pobreza à realidade daquele país. A intenção foi manifestada nesta quinta-feira (9), em Brasília, durante encontro da secretária de Estado de Desenvolvimento Social hondurenha, Hilda Alvarado, e o secretário executivo do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), Rômulo Paes de Sousa. “O Brasil é referência mundial na luta contra a pobreza e é um compromisso do nosso governo em superar a extrema pobreza”, disse Hilda.

Para Rômulo Paes, o compromisso nacional é passo importante para a execução das políticas públicas, principalmente na área social, mas outros aspectos também devem ser observados. “É preciso demonstrar a importância da agenda social, ter competência em todas as áreas de ação para legitimar a política, além de apresentar resultados satisfatórios.”

A secretária relatou que o país centro-americano fez um pacto nacional pelo desenvolvimento social envolvendo o governo, trabalhadores, empresários e a sociedade civil organizada. De acordo com Hilda, já está em prática a inserção de pessoas em situação de vulnerabilidade social em um registro único de beneficiários, o equivalente no Brasil ao Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal. “Cerca de 800 mil pessoas já estão inseridas nesse banco de dados”, afirma a secretária. Com uma população de 7,6 milhões de pessoas, Honduras tem atualmente, segundo dados de 2010 do Banco Mundial, 60% da população vivendo abaixo da linha da pobreza, ou seja, com menos de US$ 1,25, por dia.

No encontro, ficou acertado que o governo hondurenho irá encaminhar pedido formal à Agência Brasileira de Cooperação (ABC), ligada ao Ministério das Relações Exteriores, para a elaboração de um projeto de parceria na área social. Não há uma data determinada para que isso ocorra.

Histórico – Em 1998, Honduras foi devastado pelo furacão Mitch, que matou aproximadamente 5,6 mil pessoas e causou prejuízos de mais de US$ 2 bilhões. Atualmente, o país é o segundo mais pobre da América Central, ficando à frente apenas do Haiti. A economia é fortemente liga à dos Estados Unidos. Trinta por cento do que é produzido no país é exportado para lá, desde pescados a minério. Importa máquinas, equipamentos, produtos químicos e combustível.


Nos últimos cinco anos, teve média de crescimento anual da economia de 3,5%. As riquezas produzidas no país vêm basicamente de serviços, com 60%, indústria representa 25% e a agricultura tem participação de 15% no Produto Interno Bruto (PIB).

Superação – O objetivo do Plano Brasil Sem Miséria é elevar a renda e as condições de bem-estar da população. Segundo dados do Censo de 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) existem 16,2 milhões de brasileiros vivendo abaixo da linha de pobreza – com menos de R$ 70 por mês. As famílias extremamente pobres ainda não atendidas por programas de proteção social estão sendo localizadas e incluídas, de forma integrada, nos diferentes programas sociais, de acordo com suas necessidades.
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Fonte: http://www.mds.gov.br/saladeimprensa/noticias/2012/fevereiro/brasil-sem-miseria-desperta-interesse-do-governo-de-honduras

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